sexta-feira, 24 de junho de 2011

Reflexões sobre humanidade.

            Pensar a obra "Jardim da Infância" nos remete a um olhar sobre nossa chegada neste planeta, quando ganhamos a vida do Criador, através do encontro de amor ou "descuido" de dois seres humanos adultos, que  desta forma perpetuam a sua passagem nesta dimensão, pois trazemos genética e emocionalmente um pouco daqueles que nos geraram. As crianças chegam nesta existência com todas as possibilidades para tornarem-se seres humanos capazes de conviver em harmonia e construir um sociedade equilibrada, justa e sustentável. Através do processo educativo aprendem a normas e os valores que devem perpetuar. A escola é o espaço institucional responsável pela transferência da cultura e das normas. 
          Na obra citada encontramos mobiliários sucateados, mas com uma organização circular, que lembra que um dia alguém sentou para um diálogo de construção. Nossos espaços hoje com será que se encontram? Será que estamos sentando para dialogar? Os estudantes encontram em nós referências de valores? 
            Que nossos espaços escolares sejam espaços de diálogo e crescimento, que possamos lembrar um ao outro a cada dia que nascemos para felicidade, que a promoção da cidadania coletiva depende do fazer de cada um. Cada um de nós pode ser o primeiro a consertar ou puxar uma cadeira para que aconteça a abertura para o diálogo. Precisamos nos construir todos os dias enquanto humanos, isto é fundamental para a continuidade do humano em nosso planeta.
         
 **** Relendo este texto resolvi acrescentar um parágrafo para reforçar a importância dos nossos espaços escolares e do encontro entre educando e educadores no processo de humanização dos seres humanos, segundo o autor Jung Mo Sung no livro Educar para reencantar a vida, somos seres naturais e culturais, somos organismos com capacidades simbólicas, de forma que somente nos realizamos plenamente como humanos pela cultura e na cultura. "O ser humano se torna livre exatamente neste processo de se distanciar da natureza, de tomar distância do domínio dos seus instintos, e de utilizar a capacidade de diferenciar entre o certo e o errado, não somente em função da sua própria sobrevivência, mas também a partir  da noção do bem e do mal que foram descobertos ou criados na interação social." (página 33).

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