quarta-feira, 29 de junho de 2011

Brincovo

Brincovo é uma construção de um território irreal; um território que dá passagem ao imaginário, o mundo da infância e do brinquedo, que apesar de irreal reporta um tempo real. Traz para o hoje, o tempo de ontem, com tamanha realidade que provoca experiências capazes de afetar, tocar, emocionar o subjetivo do ser. Uma imagem que surge a partir da memória, um território novo, que no reviver é capaz de transformar o olhar para realidade do hoje.
 
“Um território dá trânsito às intensidades que circulam e constituem a realidade. Mas, às vezes, essas forças são de uma natureza tal, ou atravessam um território com tal velocidade, que o fazem oscilar, provocando pequenos ou grandes desmoronamentos. A esses processos de desmoronamento totais ou parciais do território Deleuze e Guattari chamaram desterritorialização. E ao processo de voltar a constituir um território depois do abalo sofrido pela invasão das forças, chamaram reterritorialização.” (Trecho extraído do Texto: Formação, Estética, Saber, Subjetivação, Contemporaneidade de Cyntia Farina).

            Brincovo traz alegria, lembra a importância do limite, de adulto que deve marcar as fronteiras do certo e errado na infância. A importância das fronteiras demarcadas na constituição do sujeito, para que estes possam exercer a sua cidadania na vida adulta, ou mesmo, tornar-se adulto, responsabilizar-se por suas ações com o outro e com a sociedade. Brincovo, tempo de brinquedo, de alegrias e limites, com adultos presentes, corrigindo, orientando, sendo modelos, na constituição do sujeito. Brincovo: tempo feliz!

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