quinta-feira, 20 de junho de 2013

Reflexões

Pensar... pensar...diferenças... mudanças...

2 comentários:

  1. Reflexões a partir da obra “O jardim de infância”

    Escola espaço de construção ou destruição? O que será que estamos fazendo com a infância nos dias atuais? Pensar a escola através da obra “O jardim da infância” num primeiro olhar passa a sensação de abandono, classes quebradas representando aqueles que ocuparam um espaço: crianças e mestres, e deixaram marcas de destruição, espaço que foi ocupado sem identificação de pertencimento e cuidado com o ambiente e com o outro. Onde, com certeza, não foi possível o despertar da habilidade de cuidador e a capacidade de amar, criando as relações de afeto, fundamentais para o processo de ensinagem e aprendizagem.
    Será que nossas escolas estão refletindo esta pintura, ou estamos fazendo uso das ferramentas do mundo contemporâneo no sentido de contribuir para a melhoria da saúde do sujeito, da família e da comunidade? Criamos espaço para que nossas crianças e adolescentes tenham oportunidades de aprender? De acordo com a publicação da UNESCO – dez fatores são fundamentais para uma educação de qualidade para todos no século XXI, entre eles: confiar em si mesmo; realizar um projeto; dominar as capacidades necessárias para concluir um projeto; relacionar-se com os demais de maneira saudável, explicar sua própria vida e o mundo.
    Difícil não relacionar esta imagem com tempos de bullying – violência as vezes silenciosa - que vem danificando crianças e adolescentes, destruindo sua auto-estima, sem que nossos espaços privilegiem o diálogo. Busquem o crescimento do sujeito e o desenvolvimento de habilidades pessoais e grupais para solucionar os conflitos do cotidiano da convivência humana, bem como nossas angústias existenciais.
    Vou olhar por outro ângulo e pensar na forma da organização circular, não enxergar a destruição e pensar que é através desta forma circular que podemos promover o encontro de alunos e professores, pais e filhos, na horizontalidade, criar espaço para o diálogo. Onde a comunicação seja um elemento humanizador que aproxime as pessoas. Vou desenhar na tela o que não foi desenhado, crianças e adultos entrando na sala com ferramentas, pregos e tinta, unidos no processo de reconstrução dos objetos, pois estão focados na posição das cadeiras, que depois de restauradas serão recolocadas nos lugares e ocupadas por todos para uma Roda de Conversa, onde todos ensinam e aprendem. Ao final, podem levantar e deixar um local limpo e organizado para outro grupo, que não conhecem, nem sabem bem quando virão, mas sabem que serão alunos e professor, pais e filhos, adultos e crianças. Enfim, sujeitos que estão comprometidos com a promoção da felicidade de todos, por isso cuidam de si, do outro e do espaço que ocupam.
    Na vida e na arte nossa ação será de construção ou destruição, depende do ângulo que olhamos, ou do foco que damos para o nosso fazer, e sempre será o humano que transformará o espaço e o ambiente que ocupa. Pintemos o novo, o não pintado, sobretudo a alegria e a felicidade das crianças.

    Referências Bibliográficas:
    CHALITA, Gabriel. Pedagogia da amizade – bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo: Editora Gente, 2008.

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